Não te quero acusar
Do que aconteceu
Porque no final de contas
O mau hábito é meu
És uns milhões de cafés
Quando eu só preciso de um
Os livros a meio
E os cigarros em jejum
Não quero mais rotinas
E a mim já não me ensinas
O hábito não faz o monge
Quero que vás pra longe
Quero que vás pra longe
Não me olhes assim
Que já não me convences
De roer tanto as unhas
Já me doem os dentes
As manhãs a dormir
Os dias a meio gás
O sorriso educado
Quando eu quero é gritar
Não quero mais desculpas
E a mim já não me insultas
O hábito não faz o monge
Quero que vás pra longe
Quero que vás pra longe
Não te quero acusar
Do que aconteceu
Porque no final de contas
O mau hábito é meu
Não quero mais rotinas
E a mim já não me ensinas
O hábito não faz o monge
Quero que vás pra longe
Quero que vás pra longe
Quero que vás pra longe
Quero que vás pra longe